O acidente envolvendo o elevador mais retratado em filmes é o rompimento dos cabos de aço, fazendo o equipamento despencar inúmeros andares rumo ao chão. Narrativas como esta colaboram para alimentar um medo comum entre as pessoas de que tal componente é frágil, o que na verdade é o oposto da realidade.
Os cabos de aço, responsáveis pela sustentação de todo o peso carregado pela cabine em conjunto com a ação das polias, possuem uma constituição altamente resistente: oito grupos de dezenove arames torcidos, revestidos por uma fibra de sisal. Porém, mesmo considerando seu grande fator de segurança, existem sinais e cuidados a serem observados para que a manutenção ou a troca destes cabos aconteçam no melhor momento.
E é no nosso artigo de hoje que você vai saber todos os detalhes.
Sobe com a gente!
O que são os cabos de aço e qual a sua função?
Como já mencionado anteriormente, os cabos de aço têm a função de sustentar o peso da cabine. Os cabos são apoiados pela polia que, através do seu movimento de giro, garante a realização adequada da tração. Por estarem em atrito constante, os cabos e a polia, é natural o desgaste gradativo de ambos.
Como saber que está na hora de trocar os cabos?
Existindo quaisquer irregularidades com a integridade dos cabos, será perceptível o funcionamento instável do elevador já que os componentes em questão são os responsáveis diretos pela sua sustentação. Mas existe uma solução mais correta e eficiente para tal diagnóstico: a manutenção periódica.
Pelo fato de os componentes não serem visíveis para os usuários do elevador, a equipe de manutenção terá acesso direto à toda estrutura do equipamento e poderá analisar diretamente na fonte a situação dos cabos.
Dentre os critérios mais comuns que condenam a integridade dos cabos, estão:
- redução do diâmetro: com o decorrer do uso, os arames externos dos cabos, por estarem sempre esticados, podem sofrer a diminuição do diâmetro e, ao chegar na medição mínima, é aconselhável a troca;
- quebras na extensão do cabo: são deformidades pontuais ao longo do componente, onde cada fabricante possui uma quantidade máxima de quebras permitidas. Ao alcançar essa marca, é aconselhável a troca;
- enferrujamento: se torna presente pela falta de lubrificação e limpeza. Caso seja identificado estágio avançado de enferrujamento, é aconselhável a troca.
Mas para que os cabos não sofram destes desgastes há certos cuidados necessários que certamente manterão a integridade dos componentes por um longuíssimo tempo, contribuindo para sua vida útil e funcionamento adequado.
Quais os cuidados a se tomar para evitar o dano ou o desgaste excessivo dos cabos?
O primeiro e principal cuidado foi já citado no tópico anterior: manutenção periódica.
Apenas com a manutenção preventiva, realizada por profissionais devidamente capacitados e credenciados, você poderá receber um diagnóstico muito mais assertivo, assim como poderá contar com todas as medidas preventivas que prolongam a vida útil dos componentes, como a limpeza e a lubrificação dos cabos, evitando qualquer agressão causada por sujidades ou poeira.
Um detalhe imprescindível é confiar o projeto do seu elevador a fabricantes sérias, com experiência de mercado, já que a forma com a qual os cabos são instalados também dita sua vida útil. Caso seja cometida alguma irregularidade na instalação, o desgaste pode acontecer com maior facilidade.
Por fim, outro cuidado importante que pode ser tomado pelos usuários é o respeito ao limite de carga, seja para o transporte de pessoas ou de objetos, já que o seu não cumprimento pode resultar em aceleração indevida do desgaste dos componentes de tração.
Em ambientes onde o uso é constante, com a realização de inúmeras viagens em um mesmo equipamento, esse cuidado é redobrado e a realização de manutenção periódica é essencial.
Sabendo de tudo isto, ainda fica uma dúvida:
Qual a vida útil do cabo de aço para elevador?
Em situações ideais, onde há manutenção preventiva e a utilização consciente do elevador, a duração dos cabos pode ser de até 25 anos. Tanto a inspeção como o descarte desse material deve seguir o estipulado pela NBR 4309, que prevê todas as anomalias e os tipos de inspeções realizados que devem ser de conhecimento do profissional que os realizará.
Seguindo todos os parâmetros e cuidados, desde a escolha de uma fabricante de confiança até à adesão de uma manutenção periódica, não há nada o que temer, o elevador garantirá a veracidade de seu título de meio de transporte mais seguro do mundo!